segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

O Entulho e Eles... - Parte 1


Há algum tempo atrás, o Instituto Ambiental do Paraná (IAP) interditou a pedreira do Jardim Ideal, na zona leste. O local, de propriedade privada, era utilizado há 13 anos pelas empresas de caçamba para depositar os resíduos de construção e demolição (RCDs ou entulhos, simplesmente). Atitude mais do que correta do IAP.
É incrível como as diversas administrações municipais não conseguiram desenvolver políticas que apontassem na direção da resolução do problema. Até 31 de dezembro do ano passado a destinação dos RCDs era o simples descarte na pedreira, que funcionou durante mais de 50 anos e que deixou uma enorme cratera na zona leste da cidade, além do próprio lixão. Desnecessário dizer que ambas as medidas eram e são incorretas.
A única vez em que alguma administração municipal tomou alguma medida afirmativa contra o problema foi durante a administração Cheida (não sou petista, nem PMDBista, nem Cheidista), quando foi criada uma usina de reciclagem no Distrito de Maravilha (os RCDs são 100% recicláveis), na época a cidade gerava 400 toneladas de entulho por dia e a usina possuía capacidade para reciclar 100 toneladas. Mas o tempo passou, a usina deixou de receber investimentos e parou de funcionar, a cidade cresceu mais um pouco e, hoje, produz 700 toneladas de entulho por dia.
Com a interdição do IAP, a Prefeitura de Londrina teve que se mexer. A partir de agora o destino dos resíduos será a empresa curitibana (mais uma!) Kurica Ambiental S/A, que será responsável por processar o entulho de quem alugar uma caçamba, resultando num aumento desse aluguel, o que é justo: quem gera entulho, seja numa casa ou num empreendimento imobiliário de grande porte, tem que pagar pela destinação correta de tal entulho.

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