
Antes de mais nada venho pedir desculpas àqueles que acessam esse projeto de blog com mais freqüência do que eu venho atualizando-o. Acontece que as últimas duas semanas foram exaustivas: Tivemos n afazeres da faculdade, tive que estudar para um concurso público e o pouco de tempo que eu tive foi pra me dedicar ao meu TCC e à minha vida pessoal. Espero que longos intervalos como esse demorem a ocorrer novamente.
Bom e o assunto de hoje é só pra encher lingüiça...
Acontece que no último dia 12 de maio completaram-se seis anos desde um episódio que chateou muito todos aqueles que gostam de fórmula 1 e principalmente todos aqueles que torcem/torciam para os pilotos brasileiros: O episódio conhecido como “Hoje Não!”.
Era um Grande Prêmio da Áustria de 2002 (um dos últimos, senão o último disputado em A1 Ring), um Dia das Mães, Schumacher já era tetracampeão e era o supremo favorito naquele ano: até aquela corrida, a quinta, o alemão já tinha contabilizado 44 pontos, Montoya 23 pontos, o Ralf tinha 20, o Coulthard tinha 9, Button possuía 8 e Barrichello, o único que teoricamente teria chances de bater Schumacher contabilizava míseros 6 pontos.
Nos treinos o brasileiro dominou, largou na Pole e ficou 7 décimos em cima de Schumacher. Na corrida foi a mesma coisa: dominou de ponta a ponta, quer dizer, dominou de ponta até a última curva...
Tudo bem que jogos de equipe sempre existiram, mas num campeonato marcado pela rotina, tomar a decisão de dar a vitória para o Schumacher foi umas das piores decisões da história da Ferrari, simplesmente injustificável.
A Ferrari se defendeu dizendo que ordenou a troca de posições visando o campeonato, mas estava claro que o Schumacher só não seria campeão se abandonasse o campeonato, além disso, ver outro piloto que não fosse o número 1 da Ferrari (mesmo que fosse o número 2) faria o campeonato sair da rotina ao menos por uma única corrida. Schumacher errou ao acatar a ordem em beneficio próprio, ele não precisava e apenas se queimou com todos que teimavam em acompanhar um campeonato que se mostrava decidido desde cedo. E errou o Barrichello: um piloto que dizia querer ser campeão não deveria sequer cogitar a possibilidade de obedecer a uma ordem dessas, ele ainda era muito respeitado e poderia guiar por qualquer outra equipe como primeiro piloto, além disso, ao resolver obedecer apenas na linha de chegada (como uma forma de protesto) ele expôs a todos, principalmente a si mesmo ao ridículo.
Após a corrida o autódromo vaia o resultado, numa cena nunca vista na fórmula 1 e o pior foi agüentar o Schumacher tentando consertar o que podia ao colocar o Barrichello no alto do pódio para ouvir o hino da Alemanha.
Sempre gostei de F1, mas naquele dia, com meus 15 anos, eu perdi muito da minha inocência. E o Massa que se cuide...
Mas a safadeza não parou por aí: no GP dos EUA do mesmo ano, com o título já definido, a Ferrari ordena nova troca de posições, dessa vez em favor de Barrichello, novamente na linha de chagada...
Piloto mesmo era o Nelson Piquet (o pai)...
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